Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
As pinschers Pucca Alana (à esq.) e Sherom Sofia são a alegria da casa da estudante de Direito Laura
Um pequeno grande companheiro. Assim pode ser resumida a personalidade do pinscher, uma das raças de cães menores mais populares no Brasil. Considerado o menor cão de guarda do mundo, o pinscher é cheio de energia e extravasa de diferentes formas.
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No imaginário popular, tem-se a ideia de que o pinscher é bravo, incontrolável ou neurótico, mas a realidade não é bem assim. Mesmo com tanta energia, ele é um pet leal e companheiro.
Segundo especialistas, não há um consenso sobre a origem da raça. Os primeiros registros datam do século 17, em pinturas, na Alemanha. No século 19, outras obras mostravam características atuais do pinscher. Acredita-se que a linhagem tenha se originado do cruzamento entre as raças dachshund e grehound italiano.
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Em relação ao porte, eles não passam de 30 centímetros e, quando adultos, pesam de 4 a 6 quilos. Isso faz com que a raça seja uma das preferidas por quem mora em locais pequenos, como a estudante de Direito Laura Lopes, 18 anos, tutora das pinschers Sheron Sofia, 13, e Pucca Alana,10. Ela definiu a escolha das pets pelo tamanho.
Segundo a tutora, as pets estão com idade avançada para a raça, que vive em torno de 15 anos. Com o passar dos anos, elas ficaram mais calmas e, hoje, passam o dia descansando.
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De acordo com o tutor e treinador de cães Fernando Lima, os pinschers precisam de exercícios diários para liberar a grande quantidade de energia que têm.
Outra característica da personalidade forte do pinscher é a convivência nem tão boa com outros animais ou pessoas desconhecidas.
Laura conta que, além de serem mãe e filha, com tanto tempo juntas, as pets se entendem bem:
- Já a convivência com outros animais é complicada. Quando chega alguém que elas não conhecem, temos que segurá-las para que não avancem.
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Fernando diz que esse comportamento resulta da energia acumulada e da lealdade do cãozinho, já que o pinscher escolhe um dos tutores para se aproximar mais:
- O pinscher vai latir para estranhos e para tudo que considere ameaça. Se forem adaptados desde cedo à convivência com outras pessoas e animais, a raça tende a controlar o ciúme dos tutores.
Principais cuidados
Segundo o médico veterinário Raul Rosa, não são necessários cuidados especiais com a saúde dos pinschers, além dos previstos, como vacinação e banhos:
- Definida como uma raça rústica, a única recomendação é em relação à pelagem curta e brilhante. Aconselho o uso de hidratantes para proteger a pele e o pelo deles.
É bom lembrar que o pinscher é sensível ao frio. Em períodos de temperaturas baixas, não dispense o uso de roupinhas e mantas para aquecê-lo.
CURIOSIDADES SOBRE A RAÇA
- O pinscher é considerado o menor cão de guarda do mundo
- Afirmações de que pinschers são incontroláveis, neuróticos ou estressados são mitos. O que acontece é que, em alguns casos, os tutores incentivam comportamentos assim, mesmo sem perceber
- Para educar um pinscher, o melhor a se fazer é seguir essa ordem: exercício, disciplina e recompensa
- Normalmente, o pinscher escolhe uma pessoa da casa para ser mais próxima, mas o cão só se torna possessivo se esse tipo de comportamento for incentivado
- Pinschers podem conviver tranquilamente com crianças ou outros animais se adaptados desde cedo
- Os cães dessa raça são higiênicos, inteligentes, brincalhões e adoram a rotina
- Pinschers são muito sensíveis ao frio. No inverno, é recomendado o uso de roupinhas e mantas para aquecê-los
- Os cãezinhos dessa raça têm a tendência a desenvolver problemas de visão com o passar do tempo. Nesses casos, necessitam de acompanhamento veterinário
- O pinscher precisa de exercícios e passeios para evitar o estresse
- Não faça carinho para acalmar o pet quando ele estiver agressivo. O cão vai entender que ele tem direito de estar nervoso e que realmente deve atacar
- Em relação ao porte, eles não passam de 30 centímetros de altura e, normalmente, chegam, no máximo, aos seis quilos
Fontes: Fernando Lima, treinador de cães e autor do livro "Adestramento Por Instinto, Como os Cães Pensam", e Raul Rosa, médico veterinário
*Colaborou Felipe Backes